Ricardo Piglia | O Último Leitor


"A escrita é um código de vida, condensa a experiência e torna-a possível. Por isso Kafka escreve um diário, para voltar a ler as ligações que não tinha visto quando as viveu. Poderíamos dizer que escreve o seu Diário para ler o sentido deslocado noutro lugar. Só entende o que viveu, ou o que está por viver, quando está escrito. Não se narra para recordar, mas para fazer ver. Para tornar visíveis as ligações, os gestos, os lugares, a disposição dos corpos."

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